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O mercado brasileiro de fitoterápicos cresceu mais de 40% na última década, atingindo um fluxo de R$ 1 bilhão ao ano. Com a regulamentação da utilização da categoria pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a intensificação das pesquisas sobre as espécies vegetais tem o objetivo de organizar a cadeia produtiva nacional. Dentre as ações de fomento da atividade no Estado, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) realiza nesta quarta-feira, dia 21, um mini-curso sobre plantas medicinais e homeopatia. Voltada para estudantes, técnicos e produtores rurais, a capacitação integra a programação do 50 º Congresso Brasileiro de Olericultura, que acontece esta semana, no Sesc de Guarapari, no Espírito Santo.
O treinamento oferece conhecimentos gerais sobre as variedades, clima de ocorrência, aplicabilidades, doenças tratadas, forma de cultivo, preparo das plantas e noções básicas dos princípios ativos e sua conservação. Bióloga e pesquisadora do Incaper, Fabiana Ruas conta que a previsão de retorno econômico para os iniciantes é de três anos. Outra possibilidade é agregar valor a essa produção, elaborando sabonetes e sachês prontos para uso.
— Contando com a compra de mudas, que nem sempre é necessária, o custo médio de produção é de R$ 2 mil por hectare. Porém, a agricultura familiar, por exemplo, não tem gastos com mão-de-obra e pode aproveitar os tratos do plantio tradicional. A intenção é implantar a cultura em propriedades orgânicas e agroecológicas. Esse cultivo demanda cuidados especiais com implantação, colheita, solo, água livre de contaminantes e ausência de insumos químicos. Além disso, é possível utilizar a própria planta medicinal no combate de pragas e doenças na lavoura, mas alguns requisitos devem ser respeitados. Para que os canteiros não sejam os mesmos, a recomendação é o manejo rotativo— diz ela.
Enquanto algumas plantas medicinais podem ser colhidas a cada três meses, outras apresentam ciclos anuais perenes. De acordo com Fabiana, alguns agricultores relatam ganhar até R$ 300 por final de semana, somente com a venda de plantas medicinais em feiras de produtos naturais.
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